O Cuiabá recusou proposta do Grêmio para pagamento de uma dívida de R$ 700 mil relacionada à venda do volante Pepê ao Vitória. Segundo informações iniciais do jornalista Venê Casagrande e confirmadas, o clube gaúcho tentou quitar o valor em 20 parcelas sem juros (R$ 35 mil por mês), mas a diretoria do Dourado não aceitou as condições e decidiu manter a ação contra o Tricolor na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), da CBF. 2q5n63
A origem da dívida remonta a 2023, quando o Grêmio adquiriu 60% dos direitos econômicos de Pepê junto ao Cuiabá, ficando o clube mato-grossense com os 40% restantes. Em fevereiro de 2025, o Grêmio negociou 50% dos direitos do atleta com o Vitória por 300 mil dólares. O valor foi pago ao clube gaúcho no dia 15 de março, mas, até agora, os R$ 700 mil devidos ao Cuiabá não foram reados.
A diretoria do Dourado se manifestou de forma contundente sobre o caso. O presidente do clube, Cristiano Dresch, classificou como “ridícula” a situação, lembrando que o Grêmio recebeu o pagamento e deveria ter feito o ree automático da parte do Cuiabá. Segundo ele, não faz sentido clubes adquirirem jogadores enquanto acumulam dívidas com outros.
- Esse pedido de parcelamento é absurdo. Receberam esse dinheiro tem três meses, gastaram, aí eles têm a coragem de solicitar um parcelamento em vinte pagamentos sem juros. Isso aí é um desastre, né? - declarou o dirigente nesta terça-feira.
O processo está em andamento na CNRD, que será responsável por julgar o caso. O Grêmio reconhece a dívida, mas buscava uma forma parcelada de pagamento. Com a negativa do Cuiabá, o clube terá que aguardar a decisão do órgão para saber se será obrigado a quitar a quantia de uma só vez ou se conseguirá algum tipo de renegociação.
Esse é mais um episódio envolvendo cobranças do Cuiabá contra grandes clubes brasileiros por dívidas em transferências. Além do Grêmio, Corinthians, Santos e Atlético-MG também estão sendo cobrados na CNRD por débitos envolvendo negociações com o clube mato-grossense. O caso de Pepê, porém, é emblemático por envolver um ree simples que, segundo o Cuiabá, já deveria ter sido realizado há meses.
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